EDUCAÇÃO DISCIPLINAR OU LIBERTADORA? UMA REFLEXÃO A PARTIR DAS PERSPECTIVAS FREIRIANA E FOUCAULTIANA

Autores/as

  • Marcelo Bezerra de Morais Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
  • Themis Barros de Menezes Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Palabras clave:

Educação crítica, Opressão, Corpos dóceis, Sujeito, Formação humana

Resumen

Partindo da seguinte indagação: Qual a educação que almejamos para nossas instituições escolares e, consequentemente, para a formação dos sujeitos? Temos, com este artigo, o objetivo de refletir teoricamente sobre o papel da educação escolar, buscando compreender se almejamos uma educação disciplinar ou libertadora, partindo de algumas compreensões conceituais presentes na obra de Michel Foucault e Paulo Freire. O primeiro nos alerta à importância de pensar as práticas de vigilância na escola e a formação disciplinar dos sujeitos, o segundo orienta que a escola não é neutra e que há a necessidade de educar para a liberdade. Embora pareça utópica pensar nesta educação, apontamos a imperiosa urgência de trabalharmos de modo a compreender cada vez mais os sujeitos e suas necessidades no processo educacional, inquirindo-nos sobre as práticas estabelecidas, as verdades sociais, os conceitos cristalizados, os interesses do mercado e as práticas veladas de opressão.

Citas

ALVES, R. Pinóquio às avessas: uma estória sobre crianças e escolas para pais e professores. Ilustrações de Maurício de Souza. Campinas, SP: Versus, 2010.

BRIGHENTE, F. Paulo Freire: Corpos Interditados e Negados na Prática Pedagógica. Cadernos de Pesquisa: Pensamento Educacional, v. 8 n. 18, 2013.

FERREIRA, M. M. Salvar corpos, forjar a razão: contributo para uma análise crítica da criança e da infância como construção social em Portugal (1880- 1940). Lisboa: Instituto de Inovação Educacional, 2000.

FOUCAULT, M. A História da Sexualidade I: a vontade de saber. Trad. Maria Thereza da Costa e J. A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro, Edições Graal, 1988.

FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2010a.

FOUCAULT, M. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. 38. ed. Petropólis, RJ: Vozes, 2010b.

FREIRE, P. Ação cultural para a liberdade. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

FREIRE, P. Educação como prática da Liberdade. Rio de Janeiro; Paz e Terra, 1980

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro; Paz e Terra, 2005

FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Autores Associados, 1989.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

FREIRE, P. Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Editora UNESP, 2000.

MESQUIDA, P. Soldados de Cristo, companheiros de índios, educadores de colonos: formação de professores e ação pedagógica dos jesuítas no Brasil, de 1549 a 1759, à luz do Ratio Estudiorum. In: IX Congresso Nacional de Educação - EDUCERE. III Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia. 2009, Curitiba, PR. Anais... Curitiba: Champagnat, 2009.

PETERS, M. A.; BESLEY, T. (Orgs.). Por que Foucault? Novas diretrizes para a pesquisa educacional. Porto Alegre: Artmed, 2008.

PONGRATZ, L. A. Liberdade e disciplina: transformações na punição pedagógica. In: PETERS, M. A.; BESLEY, T. (Orgs.). Por que Foucault? Novas diretrizes para a pesquisa educacional. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 40-53.

Publicado

2021-08-06

Cómo citar

MORAIS, M. B. de; MENEZES, T. B. de . EDUCAÇÃO DISCIPLINAR OU LIBERTADORA? UMA REFLEXÃO A PARTIR DAS PERSPECTIVAS FREIRIANA E FOUCAULTIANA. Omnia Sapientiae, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 37–51, 2021. Disponível em: https://revistas.catolicadorn.com.br/omnia/article/view/12. Acesso em: 23 nov. 2024.